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Calote de terceirizadas do Tribunal de Justiça afeta mais de mil funcionários em 123 cidades de SP

Em Jundiaí (SP), atendimento presencial e prazos foram suspensos. Em Sorocaba, vigilantes continuam sem pagamento. TJ diz que problema será resolvido na seman...

Calote de terceirizadas do Tribunal de Justiça afeta mais de mil funcionários em 123 cidades de SP
Calote de terceirizadas do Tribunal de Justiça afeta mais de mil funcionários em 123 cidades de SP (Foto: Reprodução)

Em Jundiaí (SP), atendimento presencial e prazos foram suspensos. Em Sorocaba, vigilantes continuam sem pagamento. TJ diz que problema será resolvido na semana que vem. Fórum de Jundiaí (SP) teve suspensão de prazos e de atendimento presencial Google Street View/Reprodução Quatro empresas terceirizadas que prestam serviços para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) estão inadimplentes com seus funcionários desde agosto deste ano. A situação afeta mais de 1.000 funcionários em 123 cidades do estado de São Paulo. A informação foi confirmada pelo TJ nesta quarta-feira (18). 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em Jundiaí (SP), os prazos foram suspensos nas ações em tramitação. Os advogados que atuam na comarcas, inclusive, foram informados pela instituição sobre a situação por meio de um comunicado. O documento diz que problemas na execução de contrato com a empresa terceirizada que presta serviço de limpeza e que, com isso, houve a suspensão de prazos em processos físicos e do atendimento presencial de 17 a 20 de setembro. O documento também permite maior abrangência dos trabalhos remotos para funcionários, juízes, estagiários e colaboradores. Segundo Gustavo Hungaro, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jundiaí, houve, por exemplo, a necessidade de reagendar todas as audiências desses dias. Ainda conforme ele, foram tomadas as providências para que todos os advogados soubessem a tempo e pudessem também orientar seus respectivos clientes. "Assim que recebi o ofício do Tribunal de Justiça, comunicando a decisão da presidência do Tribunal de paralisar as atividades do dia 17 ao dia 20 de setembro, por razões administrativas, a OAB Jundiaí imediatamente levou essa informação a todos os inscritos pelas vias oficiais e institucionais e solicitou a diretoria do fórum que também providenciasse, pelas respectivas varas, a comunicação aos advogados da paralisação nesses dias para evitar deslocamentos desnecessários dos patronos das causas e também de testemunhas e partes", afirma. Sorocaba Audiência é realizada no Fórum Criminal de Sorocaba Priscila Mota/TV TEM Em Sorocaba, os problemas com a empresa de limpeza são os mesmos. Na cidade, também há problemas com os funcionários da empresa de vigilante, conforme informou o g1 no domingo (15). Pelo menos 20 profissionais estão sem os pagamentos de agosto. Quatro empresas e mais de mil empregados Conforme o TJ, a instituição foi surpreendida com a inadimplência de quatro empresas: duas da área de vigilância (Lógica e Açoforte, que abrangem 261 colaboradores) e duas da área de limpeza (Prime Facilities e LTZ, que abrangem 929 colaboradores). Os contratos atingem 123 comarcas do interior. "Tão logo tomou conhecimento do problema, o TJSP deu início ao procedimento necessário para a realização do pagamento diretamente dos salários e benefícios dos terceirizados que ainda não receberam, providência essa permitida pela Lei de Licitações. A questão está sendo tratada com absoluta prioridade para que os pagamentos ocorram com a maior brevidade possível e a previsão é de os valores relativos aos salários de agosto sejam depositados até o início da próxima semana. Além disso, o TJSP iniciou contratação emergencial desses serviços", diz a instituição. O tribunal diz ainda que o descumprimento contratual das empresas levará a instauração de procedimentos internos, que poderão terminar com a aplicação de multa, entre outras penalidades, além de substituição das empresas. O TJ também afirma que as empresas estão cientes das providências que vêm sendo tomadas. Canais on-line Com relação ao atendimento para advogados e público em geral, a recomendação do TJ é que os usuários utilizem os canais on-line, como o Balcão Virtual e os e-mails das unidades judiciais. O g1 não conseguiu o contato de ninguém da Prime Facilities, que tem sede em Itu, para comentar a situação. O mesmo ocorreu com a LTZ, que fica no mesmo endereço, em Itu. A situação se repetiu com a Lógica, empresa de Vigilância. A Aço Forte não respondeu aos questionamentos do g1. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

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